
Confira os benefícios
Um trabalho da Universidade de Wollongong, na Austrália, comprova que os cereais integrais combatem o ganho de peso. O esvaziamento gástrico é mais lento e isso contém a fome, diz a nutricionista Silvia Cozzolino, professora da Universidade de São Paulo, a USP. Com o estômago cheio, o cérebro recebe sinais e breca a vontade de comer.
Os grãos:
Sua farinha é uma excelente fonte de fósforo, nutriente famoso por fazer dobradinha com o cálcio na mineralização dos ossos. Trabalhos também apontam sua participação na memória.
Ela é a melhor fonte de betaglucana entre os cereais. Essa substância, que é um tipo de fibra, se liga à água e forma uma espécie de gel que arrasta o excesso de gorduras, caso do colesterol, para fora do nosso organismo.
Esse cereal só perde para a ostra como fonte de zinco, um nutriente cada vez mais badalado pela atuação na imunidade. O mineral participa da maturação dos linfócitos, grupo de células defensoras que destrói microorganismos e, assim, barra doenças como resfriados logo nos primeiros sintomas.
Seu ponto forte é o magnésio, um mineral que constitui o tecido ósseo e que, portanto, ajuda a afastar a osteoporose. Ele também participa de reações do sistema nervoso, daí que seu déficit provoca uma tremenda irritabilidade.
A cor denuncia a presença de carotenóides, pigmentos vegetais com ação antioxidante. Os grãos amarelos são ricos em luteína e zeaxantina, substâncias festejadas por proteger os olhos de encrencas como a degeneração macular.
A versão integral desse cereal de origem asiática concentra um punhado de vitaminas do complexo B. Vale destacar a B6, que é fundamental para a produção de certos neurotransmissores, como a serotonina que está associada ao bem-estar. Ainda oferece B1, nutriente importante no aproveitamento de energia.
...é preciso estar no grupo das gramíneas, ou seja, das plantas que crescem em ramos intercalados. Por essa razão, a badalada quinoa não está aqui. Ela é, na verdade, um pseudocereal. E para ser cereal integral é necessário possuir intactas as três estruturas descritas abaixo:
É a parte externa, também chamada de casca. Oferece fibras e vitaminas do complexo B.
Endosperma
Trata-se da maior parte do grão. Ele está lotado de carboidrato em forma de amido. Contém ainda porções de proteína.
Ele é uma riqueza só. Oferece boas doses de vitaminas do complexo B, além de vitamina E, gordura poliinsaturada e minerais.
Alguns macetes no preparo e no momento do consumo tornam os cereais integrais deliciosos
É comum o macarrão integral não incorporar muito bem o molho. Ele parece escorrer, não aderir à massa, estar sempre um pouco ralo. Por isso esse complemento precisa ser bem caprichado, mais grosso até. Aliás, o farelo de trigo pode entrar na receita do molho de tomate. O ingrediente melhora a textura, deixando tudo mais encorpado e ainda mais nutritivo, conta Maria Cecília.
A idéia da nutricionista Maria Cecília Corsi é botar uma cebola para cada xícara de arroz e cozinhar os grãos com um pau de canela. Dá também para usar ervas como o tomilho e o manjericão, ensina. Mas é importante acrescentar bastante água. Para cada medida de arroz, use três de água, dá a dica Andréa Esquivel. Já o truque de Samantha Macedo é misturar o arroz com vegetais como cenoura ou brócolis.
Versáteis, seus grãos enriquecem saladas de frutas e sucos. Sem falar nos mingaus. Mas acrescente aveia também em bolos, biscoitos e tortas. Prepare uma farinha com 1/3 de aveia em flocos finos, 1/3 de farinha de trigo e 1/3 de farelo de trigo, recomenda Maria Cecília. Em tempo: use essa farinha em sua receita no lugar da tradicional.
Ela estoura como pipoca, revela Andréa Esquivel. Ok, os flocos não ficam tão bonitos, mas o sabor é bem gostoso. Uma excelente alternativa para beliscar, garante. A cevada também faz as vezes do arroz junto de hortaliças e de carnes. E pode ser salpicada em saladas e vegetais cozidos. Outra boa pedida é incluí-la em sopas, no lugar do arroz de uma canja ou do macarrãozinho de outros caldos.