15 de maio de 2011

Ter um tempo sozinho é importante



Amigas,estive com problemas com meu computador,por isso a minha ausência durante esses dias...hoje trago esse texto que acho bastante importante para refletirmos.

Tenho observado casais que se separaram, e me chama a atenção como a frase "sentia falta de ter um tempo para mim" é apontada como um fator de peso nessa decisão. Quando um casal se separa, o esperado da nova rotina é que os filhos se dividam entre ambos os pais, ficando um fim de semana com cada um, alternadamente. O pai que estiver livre pode programar-se da forma que lhe convier, com total liberdade para sair, rever amigos, dormir e acordar à hora que quiser, sem a responsabilidade de cuidar dos filhos e tudo que isto demanda, dedicando-se integralmente a si. Uma experiência totalmente nova e encarada como positiva, geralmente.

Recentemente estive com um casal que se divorciou, mas após alguns meses resolveu retomar o casamento. Realizaram sessões de terapia de casal, atitude esta que lhes ajudou a repensar a relação, aparar muitas arestas e elaborar aquilo que provocou a separação, partindo para uma nova união totalmente revigorada. Paralelamente ao trabalho conjunto, cada um procurou terapia individual a fim de olhar para as próprias questões e assumir as respectivas parcelas de responsabilidade pelo fracasso anterior. Aliás, os casais deveriam ter sempre em mente que o casamento exige "recontratos", modificações, adaptações, e constantes reciclagens para que possa evoluir de uma maneira saudável.


No período em que estiveram separados, uma coisa foi descoberta e muito valorizada por ambos: o tempo que cada um encontrou para si, para fazer suas coisas, quando não estava em função da família. Então, mesmo retomando o relacionamento, decidiram que cada um terá um final de semana por mês para ficar sozinho, deixando para o outro a responsabilidade pelos cuidados dos filhos.

Essa decisão, além de garantir a cada um dos pais um tempo de total privacidade e liberdade, tem a vantagem de proporcionar àquele que fica com os filhos uma relação mais próxima, de cumplicidade, dando total atenção a eles, já que não terão o outro pai para dividir a atenção. Como na grande maioria das vezes são as mulheres que convivem mais com os filhos, em função da guarda, isso aproxima bastante a relação deles com o pai, que por ter a convivência mais intensa nesses dias e precisar dedicar-se a eles integralmente, melhora sensivelmente a qualidade deste papel. E isso é perceptível aos filhos que acabam desenvolvendo um vínculo maior e melhor com o pai, muitas vezes antes ausente.

E assim, após um pequeno período onde aquele que saiu pôde "recarregar suas energias" de alguma forma, volta para casa mais leve, com maior disposição e melhor humor.

Não seria ótimo se conseguíssemos fazer isso? Então, por que ter que esperar a separação para descobrir que você pode ter alguns momentos só seus, sem necessariamente estar divorciado? Quando pergunto a essas pessoas se o que elas escolhem fazer nesse período atrapalharia o casamento, é unânime após um primeiro momento de reflexão a resposta: "Não, não fiz nada que me comprometesse, apenas revi amigos que gosto, saí pra dançar já que meu marido detesta fazer isso, dormi até a hora que deu vontade sem ninguém pra me acordar, li tranquilamente o livro que estava parado há tempos na cabeceira, dei uma escapada até a praia ou fui andar no parque logo cedo..." e aí por diante.

Existindo a confiança entre ambos esse tempo pode ser revigorante para a relação, tanto do casal entre si, quanto de cada um com os filhos. Assim, evita-se aquele velho problema de jogar no outro a frustração por não fazer algo que se gosta, como por exemplo no caso das pessoas que adoram dançar, mas o cônjuge decididamente não se dispõe a fazê-lo. Por que não sair de vez em quando e matar a vontade com amigos? Ambos ficariam bem mais leves: um por realizar algo que adora, e o outro por saber que não precisa ficar preocupado por negar ao parceiro algo que lhe é tão significativo e prazeroso.


E assim, garantindo cada um seu espaço individual, ambos podem dedicar-se ao espaço da família com mais prazer e disposição. É um mito pensarmos que a partir do momento em que casamos temos que fazer tudo junto com o parceiro. Esse não é o ideal. Temos que garantir o crescimento de ambos individualmente, e também conjuntamente. Apenas quando nos permitirmos ser pessoas inteiras e felizes com nós mesmos conseguiremos ser felizes com o outro. Pense nisso.

Beijoss

Imagem e texto:minha vida

6 comentários:

  1. Oi Si,

    Que bom que está de volta! ;oD Ninguém merece quando nosso computador resolve nos deixar na mão...rs

    Interessante este texto e muito válido, pois todos precisam de sua individualidade, para curtir o que gostam de fazer a sós, poder refletir, descansar, regenerar. Seria legal que todos os casais tivessem essa perspectiva. =)

    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Si,
    Tempo sozinho precisamos até mesmo para quem é solteira como eu. Imagina para um casal! Acho totalmente saudavel termos um tempo só para a gente se cuidar, fazer o que gostamos.
    Beijos e já estava com saudades!
    Adriana

    ResponderExcluir
  3. É muito importante esse respeito pela individualidade do próximo!

    ResponderExcluir
  4. Si, acho que a receita de uma união tão gostosa e feliz com meu marido seja essa, nos respeitamos muito, privacidade, individualidade... Eu tenho meus programas com minhas amigas, ele cuida das crianças, evito programas noturnos, quando faço, volto cedo, mas ele não reclama. Ele tem os dele, encontro com amigos, futebol, vai ao estádio e eu tbm respeito e não reclamo. Esse tempo é fundamental prá que tudo flua bem e a gente se sinta mais leve.

    Beijocas ♥

    ResponderExcluir
  5. ontem eu quis esse tempo sozinha... quer dizer com clarissa. é bom mesmo! nos faz refletir e definir novos horizontes.

    tem selinho pra vc no blog. passa lá. fique atenta pq tem dois selinhos. veja com qual te presentiei

    ResponderExcluir
  6. Oi Simone, é a Vi, pois é, manter relacionamentos não é facil, ainda mais quando se passa viver em função do outro, na convivência as pessoas se perdem na questão individualidade, que algumas vezes pode ser vista pelo parceiro como egoísmo.
    Realmente é necessario muito dialogo para que haja uma boa convivência.
    Bom fim de seman,beijos,Vi

    ResponderExcluir